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No que respeita ao grupo dos empresários e pequenos patrões da indústria, comércio e serviços, quadros técnicos e administrativos intermédios (Fig. 62), a maior parte das freguesias apresenta percentagens inferiores a 9%; no entanto, cinco delas superam este valor – Argivai, Touguinha, Mosteiró e S. Nicolau têm entre 9-12%, Outeiro Maior e Sermonde têm entre 12-15% e Parada tem entre 15-18%.

Quanto aos empresários agrícolas e agricultores independentes (Fig. 63), eles representam mais 20% da população nas freguesias de Aguçadoura, Estela e Navais (Na Póvoa de Varzim) e nas freguesias de Arcos e Outeiro Maior (em Vila do Conde). Há ainda algumas freguesias pertencentes a estes concelhos que têm percentagens superiores a 5%; enquanto que todas as outras registam menos de 5% (Fig. 63).

Finalmente, em relação aos trabalhadores agrícolas (Fig. 64), eles representam mais de 10% da população das freguesias de Vila do Conde e de S. Pedro da Afurada, entre 8-10% em A-Ver-o-Mar e entre 6-8% nas freguesias Póvoa de Varzim, Ferreiró e Parada. Dentre as restantes freguesias ainda é possível destacar 20 com percentagens entre 2-6%, mas todas as outras têm percentagens inferiores a 2%.

Vemos, assim, que nas freguesias do Porto e nas da sua coroa metropolitana predominam, essencialmente, os quadros dirigentes, profissionais intelectuais e científicos e os trabalhadores pouco qualificados de comércio e serviços, enquanto que nas freguesias mais afastadas deste concelho predominam os operários não qualificados e empresários e pequenos patrões da indústria, comércio e serviços, quadros técnicos e administrativos intermédios (Fig. 59 a 63). Os grupos sócio-económicos ligados à agricultura só aparecem com algum significado nas freguesias mais a N – sobretudo nas freguesias dos concelhos da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde (Fig. 63 e 64).

 

Dos 237.905 edifícios existentes em toda a Área Metropolitana do Porto, 48.303 (ou seja, cerca de 20%) foram construídos no concelho do Porto (Fig. 65). Nas freguesias mais próximas do Porto o número de edifícios também é elevado, sendo, na maioria dos casos, superior a 3.000 (Fig. 65).

Porém, dentre as freguesias do Porto e da sua coroa metropolitana, só as de Senhora da Hora, Maia e Vilar de Andorinho têm uma predominância de edifícios construídos entre 1981-91 (Fig. 66). Nas restantes freguesias predominam os edifícios construídos até 1985 (Fig. 66). Aliás, na cidade do Porto, Nevogilde tem uma prevalência de edifícios construídos entre 1971-80, mas nas outras freguesias a data predominante de construção dos edifícios é anterior a 1970 – veja-se que em Foz do Douro, Massarelos, Miragaia, S. Nicolau, Sé e Vitória a maior parte dos edifícios foram construídos antes de 1919 (Fig. 66).

Nas freguesias mais afastadas do Porto predominam, essencialmente, os edifícios anteriores a 1919 e os construídos entre 1946-80 (Fig. 66).

Vê-se, desta forma, que a Área Metropolitana do Porto tem um número muito reduzido de freguesias com uma maioria de edifícios construídos após 1986, principalmente se comparado com o número de freguesias em que predominam os edifícios anteriores a 1919.

Não é, por isso, de estranhar que a maior parte dos edifícios, em todas as freguesias da Área Metropolitana, tenham entre 1 a 3 pisos (Fig. 67 a 69). Apesar disso, na freguesia de S. Nicolau uma percentagem significativa de edifícios (entre 60-80%) tem entre 4 e 6 pisos (Fig. 68).

Se, por um lado, o facto de um grande número de edifícios ter já uma certa idade pode ser indicador de um sem número de problemas ligados à qualidade das habitações, por outro lado, o número reduzido de alojamentos não clássicos20 – menos de 300 (Fig. 70) – aliado ao elevado número de alojamentos clássicos21 (Fig. 71), leva-nos a abandonar tal hipótese.

ver figura
Fig. 65 – Número de edifícios por freguesia da AMP em 1991
ver figura
Fig. 66 – Idade predominante dos edifícios por freguesia da AMP em 1991
ver figura
Fig. 67 – Distribuição (%) dos edifícios com 1 a 3 pisos por freguesia da AMP em 1991
ver figura
Fig. 68 – Distribuição (%) dos edifícios com 4 a 6 pisos por freguesia da AMP em 1991
ver figura
Fig. 69 – Distribuição (%) dos edifícios com mais de 7 pisos por freguesia da AMP em 1991


20.Esta designação é atribuída aos alojamentos que não apresentam as condições indispensáveis para um patamar mínimo de qualidade de vida.

21.Esta designação aparece em oposição à anterior.

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Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Última alteração em: 16-12-2000