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No entanto, apesar de todos os concelhos registarem Taxas de Actividade elevadas, isto pode-se traduzir em diferentes níveis de qualidade de vida. Analisaremos, por exemplo, a distribuição (%) da população activa por alguns grupos sócio-económicos19 (Fig. 59 a 64), sendo as diferentes actividades exercidas pela população um dos indicadores da qualidade de vida da população.

No concelho do Porto, é visível a predominância de trabalhadores pouco qualificados de comércio e serviços (Fig. 59 a 64), especialmente na freguesia de Vitória - com uma percentagem superior a 60% - mas também com grande importância nas freguesias de Bonfim, Massarelos, Miragaia, Nevogilde, S. Nicolau, Sé e Stº Ildefonso - com percentagens entre 45-60% (Fig. 59). A freguesia de Nevogilde tem, por outro lado, mais de 40% da população pertencendo aos quadros dirigentes e de profissionais intelectuais e científicos (Fig. 60) e a freguesia de Campanhã regista uma percentagem superior a 37% de operários não qualificados (Fig. 61).

Neste concelho, há ainda uma parte da população (até 12%) que pertence ao grupo dos empresários e pequenos patrões da indústria, comércio e serviços, quadros técnicos e administrativos intermédios (Fig. 62).

Consequentemente, a percentagem de população do Porto ligada a actividades agrícolas (quer como empresários agrícolas e agricultores independentes, quer como trabalhadores agrícolas) é muito reduzida – inferior a 5%, em todas as freguesias (Fig. 63 e 64). Isto é perfeitamente compreensível se nos lembrarmos que este é o concelho com menor superfície agrícola (Fig. 17).

Quanto aos restantes concelhos, uma vez que, como vimos, há uma maior concentração de população nas freguesias em torno do Porto, vamos comparar o que acontece, em termos da distribuição da população pelos diferentes grupos sócio-económicos, nestas freguesias com o que acontece nas que estão mais afastadas desta cidade.

Nas freguesias mais próximas do Porto há uma predominância de trabalhadores pouco qualificados de comércio e serviços (Fig. 59 a 63). Na freguesia de Stª Marinha (Vila Nova de Gaia) a percentagem de população pertencente a este grupo sócio-económico está entre 45-60% e nas restantes freguesias da área envolvente da cidade do Porto as percentagens variam entre 15-45% (Fig. 60). Nestas freguesias encontramos, porém, percentagens significativas de quadros dirigentes, profissionais intelectuais e científicos e de operários não qualificados (Fig. 59 e 61).

Nas freguesias mais afastadas do concelho do Porto, as percentagens de operários não qualificados superam as dos outros grupos (Fig. 59 a 63) – todas as freguesias apresentam percentagens entre 50-75% (Fig. 61).

Em relação aos outros grupos sócio-económicos, todos eles registam percentagens reduzidas, havendo, no entanto alguns casos de destaque.

ver figura
Fig. 59 – Distribuição (%) da população por grupo sócio-económico por freguesia da AMP em 1991
Quadros dirigentes, profissionais intelectuais e científicos
ver figura
Fig. 60 – Distribuição (%) da população por grupo sócio-económico por freguesia da AMP em 1991
Trabalhadores pouco qualificados de comércio e serviços
ver figura
Fig. 61 – Distribuição (%) da população por grupo sócio-económico por freguesia da AMP em 1991
Operários não qualificados
ver figura
Fig. 62 – Distribuição (%) da população por grupo sócio-económico por freguesia da AMP em 1991
Empresários e pequenos patrões da indústria, comércio e serviços
Quadros técnicos e administrativos intermédios
ver figura
Fig. 63 – Distribuição (%) da população por grupo sócio-económico por freguesia da AMP em 1991
Empresários agrículas e agricultores independentes
ver figura
Fig. 64 – Distribuição (%) da população por grupo sócio-económico por freguesia da AMP em 1991
Trabalhadores agrículas


19.Os cerca de 30 grupos sócio-económicos considerados pelo INE foram agregados, dando origem à seguinte classificação:

  • quadros dirigentes, profissionais intelectuais e científicos, onde incluímos os empresários com profissões intelectuais, científicas e técnicas, os profissionais intelectuais e científicos independentes, os directores e quadros dirigentes do estado e das empresas e os quadros intelectuais e científicos;
  • trabalhadores pouco qualificados de comércio e serviços;
  • operários não qualificados;
  • empresários e pequenos patrões da indústria, comércio e serviços; quadros técnicos e administrativos intermédios, onde incluímos os empresários directores, os empresários da indústria, comércio e serviços, os pequenos patrões com profissões técnicas intermédias, os pequenos patrões da indústria, os pequenos patrões de comércio e serviços, os quadros técnicos intermédios e os quadros administrativos intermédios;
  • empresários agrícolas e agricultores independentes;
  • trabalhadores agrícolas, onde se incluem os pescadores.  [ continuar ]

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Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Última alteração em: 16-12-2000
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