No entanto, em termos do número total de crianças dos 0 aos 10 anos18, assiste-se a uma forte concentração da população pertencente a este grupo etário na maioria das freguesias do Porto e da sua coroa metropolitana (Fig. 54).
No que respeita à percentagem de população activa (dos 25 aos 64 anos), assiste-se, ao contrário do verificado para a população jovem; isto é, a um crescimento deste grupo etário em todos os concelhos da Área Metropolitana do Porto (Fig. 46 e 55). Este crescimento não foi, no entanto, igual em todos os concelhos. Maia foi o concelho que registou um maior aumento da percentagem de população activa (Fig. 46 e 55) – em 1981, tinha menos de 44% de indivíduos dos 25 aos 64 anos e, em 1991, passou a ter entre 52% e 55%. No outro extremo temos o concelho do Porto, com o menor aumento (Fig. 46 e 55) – passou de uma percentagem entre 50-52%, em 1981, para uma percentagem entre 52-55%, em 1991.
A análise da distribuição da população activa em 1991 evidencia ainda uma maior concentração da população pertencente a este grupo etário nos concelhos vizinhos do Porto (Fig. 55).
A população com mais de 65 anos não registou diferenças tão marcadas como as registadas nos outros grupos (Fig. 47 e 56), já que, do total dos concelhos, Gondomar, Maia e Matosinhos não registaram qualquer variação.
A análise comparada da percentagem da população pertencente aos diferentes grupos etários (Fig. 50, 55 e 56) mostra que, apesar do concelho do Porto ser o que tem maior percentagem de população com mais de 65 anos, não se pode falar de uma população envelhecida, pois a percentagem de população pertencente a este grupo etário é muito inferior às percentagens dos outros grupos etários – este concelho tem apenas entre 13-15% de população com mais de 65 anos (Fig. 56). Porém, o facto de ter mais população activa do que jovens (Fig. 50 e 55) e de ser o concelho com menor percentagem de crianças dos 0 aos 10 anos (Fig. 51), pode levar-nos, de novo a considerar a hipótese de este vir a ser um concelho com a população mais envelhecida da Área Metropolitana do Porto
A caracterização sócio-económica da Área Metropolitana do Porto com vista a entender as potenciais relações de dependência entre as alterações no suporte biogeofísico e nos hábitos de vida e as modificações climáticas, a degradação da qualidade do ar e o agravamento da ocorrência de patologias do foro respiratório, como a asma, sugere que, para além da demografia, sejam analisados também outros elementos passíveis de descrever o "modus vivandi" e a qualidade de vida na A..M.P., como é o caso das variáveis de índole social e económica:
- taxa de Actividade e Desemprego
- distribuição da população por grupo sócio-económico
- distribuição do número de edifícios por freguesia
- idade predominante dos edifícios e tipo de edifícios
- distribuição do número de alojamentos clássicos, não clássicos, colectivos e familiares
- distribuição dos alojamentos com e sem água canalizada
- percentagem de população servida por abastecimento domociliário de água
- percentagem de população servida por drenagem de esgotos
Os concelhos com maior Taxa de Actividade são a Maia e Matosinhos (com uma taxa superior a 50%). Todos os outros concelhos estão entre 40-50% (Fig. 57). No que respeita à Taxa de Desemprego, os concelhos da Maia, Póvoa do Varzim e Vila do Conde são os que têm as taxas mais reduzidas – entre 0-5% (Fig. 58); no entanto, os outros concelhos também registam Taxas de Desemprego muito baixas – entre 5-10% (Fig. 58).
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figura
Fig. 54 – Distribuição
da população com menos de 10 anos por freguesias da AMP
em 1991
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Fig. 55 – Percentagem da população
entre 25 e 64 anos por concelho da AMP em 1991
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Fig. 56 – Percentagem da população
com mais de 65 anos por concelho da AMP em 1991
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Fig. 57 – Taxa de Actividade
(%) por concelho da AMP em 1993
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Fig. 58 – Taxa de Desemprego
(%) por concelho da AMP em 1993
18.O número total de crianças no Porto é de 34.477, embora represente apenas menos de 16%. [ continuar ]