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O aumento do número de habitantes correspondeu, como anteriormente, a um aumento do espaço edificado (Fig. 12). Como foi dito, para o período 1935-1955, o aumento do número de edifícios foi, já neste período, extraordinário (Fig. 12, 34 e 35). Entre 1955 e 1985, deu-se uma verdadeira explosão do espaço edificado (Fig. 35 e 12) e, à excepção de algumas pequenas áreas espalhadas pelos diferentes concelhos, a Área Metropolitana quase deixou de ter espaços livres de edifícios. Nos anos seguintes (de 1960 a 1970), manteve-se o aumento da população residente na Área Metropolitana do Porto (Fig. 25), sendo este, contudo, mais uma vez, menor que o registado no período anterior (Fig. 29). Além disso, neste período, o concelho do Porto registou uma variação negativa (Fig. 30) - de 303.420 habitantes, em 1960, passou para 301.655 habitantes em 1970. Nos outros concelhos, à excepção de Espinho, Gondomar e Valongo, a variação foi menos significativa que no período 1950-60 (Fig. 31), mas foi em todos eles uma variação positiva. Nos três concelhos de excepção a variação rondou os 20%, enquanto que nos outros ficou aquém deste valor. As diferenças por freguesia são, de novo, mais significativas (Fig. 36 e 38) do que as registadas ao nível de concelhos. Apesar do decréscimo de população visível no Porto (nas freguesias de Bonfim e Cedofeita), algumas das freguesias vizinhas (principalmente do concelho de Gondomar e de Matosinhos) evidenciaram um novo aumento populacional como, por exemplo, Rio Tinto, que passou a ter mais de 40.000 habitantes - e aumentou o número de freguesias próximas da cidade do porto com mais de 5.000 Habitantes (Fig. 36 e 38). Fazendo a análise da densidade populacional nestes dois anos (1960-70) vemos que, em parte, a diminuição da população registada no Bonfim e em Cedofeita (Porto) pode traduzir, de certa forma, uma migração da população daquelas freguesias para as freguesias de Campanhã, Lordelo do Ouro e Ramalde, já que, apesar da diminuição efectiva do quantitativo populacional do concelho do Porto, estas três freguesias evidenciam um aumento da densidade populacional (Fig. 37 e 39). Neste último ano (1970) é também visível o "fechar" da coroa metropolitana do Porto, em termos de densidade populacional, uma vez que, à excepção da freguesia de Canidelo, todas as que circundam a cidade passam a ter mais de 1.000 hab/Km2 16 . A análise da evolução do quantitativo populacional conjuntamente com a evolução do espaço edificado veio assim corroborar o que foi dito anteriormente acerca da relação entre o aumento do número de habitantes e o aumento do número de edifícios. É de recordar que foi no período 1955-85 que se assistiu a uma verdadeira explosão do espaço edificado na Área Metropolitana do Porto (Fig. 35 e 12).
Entre os anos 1970 e 1981, a população da Área Metropolitana do Porto continuou a aumentar (Fig. 25), tendo-se registado uma variação superior à registada entre 1960-70 (Fig. 29). Neste período, o aumento do número de habitantes foi novamente visível em todos os concelhos (Fig. 30) e foi maior do que o do período anterior (Fig. 31), com excepção para Espinho cuja população aumentou 22.5% entre 1960-70 e de 1970 até 1981 aumentou apenas 8.1% (Fig. 31). No Porto, as freguesias que registaram um aumento do número de habitantes foram Lordelo do Ouro e Ramalde (Fig. 38 e 40), continuando, de qualquer forma a ser evidente a distinção, em termos de quantitativo populacional, entre as freguesias mais a E (com maior número de habitantes) e as que estão mais a W (Fig. 40). Nos outros concelhos, há a destacar o aumento da população residente em algumas das freguesias próximas das que já no período anterior se destacavam pelo elevado número de habitantes (Fig. 38 e 40). É o caso de Gueifães, Matosinhos e Vermoim (a N do Porto) e de Canelas e Gulpilhares (a S). ver
figura 16.As freguesias de Silvalde (em Espinho) e de Aguçadoura (na Póvoa de Varzim) passam também a ter mais de 1.000 hab/Km2. [ continuar ] |
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Faculdade
de Letras da Universidade do Porto. Última alteração em: 16-12-2000 |