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Curioso é o facto de no concelho de Gaia, as freguesias de Canidelo e S. Pedro da Afurada continuarem a registar, desde 1960, menos de 5.000 habitantes (Fig. 36, 38 e 40), uma vez que estas freguesias fazem fronteira com o Porto (Fig. 8).

Em termos de densidade populacional, destacam-se, por terem tido um aumento do número de hab/Km2, as freguesias litorais de Vila Nova de Gaia e a freguesia de A-Ver-o-Mar, na Póvoa de Varzim (Fig. 39 e 41). Assim, das 23 freguesias litorais da Área Metropolitana do Porto, apenas 8 têm menos de 1.000 hab/Km2, distinguindo-se, assim, uma espécie de um cordão litoral, principalmente a S do concelho do Porto, formado por freguesias com mais de 1.000 hab/Km2 (Fig. 39 e 41).

No que respeita às freguesias em torno do Porto há a registar um aumento da densidade populacional nas freguesias que estão a SE desta cidade: Avintes, Mafamude e Vilar de Andorinho (em Vila Nova de Gaia) e S. Cosme e S. Pedro da Cova (em Gondomar), o que significa uma nova intensificação da densidade populacional da coroa metropolitana do Porto (Fig. 39 e 41).

A análise da distribuição da população jovem (dos 0 aos 24 anos) na Área Metropolitana do Porto, neste último ano (1981), revela um aumento da percentagem de indivíduos pertencentes a este grupo etário à medida que nos afastamos do concelho do Porto (Fig. 42).

Assim, o concelho da Póvoa de Varzim destaca-se dos outros concelhos por ser o que tem maior percentagem de população jovem (dos 0 aos 24 anos) – mais de 50% (Fig. 42). O Porto, pelo contrário, é aquele que tem menos população entre os 0 e os 24 anos – menos de 41% (Fig. 42).

Dentre a população jovem, as crianças com menos de 10 anos17 têm uma distribuição por concelho paralela à distribuição do total de indivíduos dos 0 aos 24 anos (Fig. 42 e 43). Com mais de 20% de crianças temos os concelhos de Valongo e de Póvoa de Varzim, e com menos de 16% temos o concelho do Porto (Fig. 42).

 Pormenorizando mais esta análise, vemos que há uma divisão clara entre os concelhos de Póvoa de Varzim e de Vila do Conde e os restantes no que respeita à distribuição das crianças dos 0 aos 4 anos (Fig. 44): nos primeiros há mais de 8.5% de crianças deste grupo etário, enquanto que em todos os outros o número de crianças com menos de 5 anos varia entre os 6.5% e os 7.5%.

No que respeita ao grupo etário dos 5 aos 10 anos já não se evidencia esta distinção concelhia (Fig. 45). O que se verifica é um aumento da percentagem de crianças pertencentes a este grupo etário à medida que nos afastamos do Porto – cuja percentagem de crianças dos 5 aos 10 anos é inferior a 8%, enquanto que, por exemplo, na Póvoa de Varzim há mais de 10% de população pertencente a este grupo etário (Fig. 45).

Por outro lado, a distribuição da população activa (dos 25 aos 64 anos) faz-se de forma oposta (Fig. 46): a percentagem de indivíduos dos 25 aos 64 anos diminui à medida que nos afastamos do Porto. Os concelhos do Porto e de Matosinhos são os têm mais população activa (mais de 48%), enquanto que na Póvoa de Varzim há menos de 7% de população pertencente a este grupo etário (Fig. 46).

A completar este quadro verifica-se que o concelho do Porto tem mais de 11% de população com mais de 65 anos (Fig. 47), enquanto que nos outros concelhos o seu peso relativo não ultrapassa os 9% (Fig. 47).

Desta forma, somos levados a confirmar um envelhecimento da população da cidade do Porto e um rejuvenescimento que vai aumentando à medida que nos afastamos desta cidade (Fig. 43, 46 e 47).


ver figura
Fig. 42 – Percentagem da população entre 0 e 24 anos por concelho da AMP em 1981
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Fig. 43 – Percentagem da população entre 0 e 10 anos por concelho da AMP em 1981
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Fig. 44 – Percentagem da população entre 0 e 4 anos por concelho da AMP em 1981
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Fig. 45 – Percentagem da população entre 5 e 10 anos por concelho da AMP em 1981
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Fig. 46 – Percentagem da população entre 25 e 64 anos por concelho da AMP em 1981
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Fig. 47 – Percentagem da população com mais de 65 anos por concelho da AMP em 1981


17.As crianças com menos de 10 anos serão posteriormente o grupo etário a considerar relativamente às crises asmáticas. [continuar]

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Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Última alteração em: 16-12-2000
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