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Em termos de densidade populacional, os resultados apresentam um paralelismo evidente entre as freguesias do Porto com maior número de habitantes e maior densidade populacional (Fig. 32 e 33). Porém, nos outros concelhos são visíveis algumas diferenças. Veja-se o caso das freguesias dos concelhos de Gondomar e Valongo mais próximas do Porto, que, apesar de terem registado um elevado número de habitantes, tinham uma densidade populacional pouco significativa - menos de 1.000 hab/Km2 (Fig. 32 e 33). Nos outros concelhos, das 20 freguesias com mais de 5.000 habitantes, 5 tinham também uma reduzida densidade populacional: Leça do Bailio (em Matosinhos) e Avintes, Grijó, Pedroso e S. Félix da Marinha (em Vila Nova de Gaia). ver
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De qualquer forma, o aumento populacional, ocorrido entre 1911 e 1950, foi importante, na medida em que se traduziu, mais uma vez, no aumento da impermeabilização do espaço da Área Metropolitana do Porto (Fig. 12, 31 e 34). Assim, entre 1911 e 1935, assistiu-se a um aumento da concentração de edifícios no interior da cidade do Porto, bem como a uma proliferação de núcleos mais compactos de espaço edificado por toda a área Metropolitana (Fig. 12, 31 e 34). A compactação do espaço edificado é ainda mais evidente entre 1935 e 1955 (Fig. 12, 34 e 35). Neste último ano a cidade do Porto já apresenta uma quantidade muito reduzida de espaço não edificado e a proliferação de manchas compactas de espaço edificado é ainda mais evidente (Fig. 35).
De 1950 até 1960, deu-se um novo aumento da população residente na Área Metropolitana do Porto (Fig. 25), mas menor do que o do período anterior (Fig. 29). O aumento foi, de novo, visível em todos os concelhos (Fig. 30), sendo em todos eles menos significativo do que o registado entre 1911-50 (Fig. 31). Aliás, só no concelho de Espinho é que a variação populacional foi superior a 20%; nos restantes concelhos a variação esteve aquém deste valor (Fig. 31). No entanto, em termos de crescimento por freguesias (Fig. 32 e 36), vemos que todas as freguesias do Porto registaram um aumento do número de habitantes, sendo já 4 as freguesias com mais de 40.000 habitantes (Bonfim, Campanhã, Cedofeita e Paranhos). São também de destacar algumas freguesias a N do Porto, nas quais se registou também um aumento do número de residentes: Custóias, Guifões, Perafita, S. Mamede de Infesta e Stª Cruz do Bispo (em Matosinhos), Moreira (na Maia), Alfena (em Valogo) e Rio Tinto (em Gondomar). O adensamento populacional do Porto e da sua coroa metropolitana é assim, mais uma vez, notório. Em termos de densidade populacional (Fig. 33 e 37), não são evidentes grandes alterações. Há, como seria de esperar, um aumento do número de hab/Km2 em algumas freguesias do concelho de Matosinhos com especial destaque para Custóias, que tinha, até 1950, menos de 1.000 hab/Km2 e passou a ter, em 1960, mais de 10.000 hab/Km2; bem como nas freguesias de Fânzeres e Rio Tinto (concelho de Gondomar), com um aumento da densidade populacional idêntico ao das freguesias de Matosinhos. ver
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Faculdade
de Letras da Universidade do Porto. Última alteração em: 16-12-2000 |