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 O tráfego rodoviário é responsável por cerca de 90% do total de emissões de monóxido de carbono em áreas urbanas. A densidade do tráfego, os congestionamentos, o número de veículos a gasolina e os sistemas de ignição a frio, são os principais responsáveis pelo aumento das emissões de CO dentro da cidade.

N A.M.P. só existem registos de CO desde Janeiro de 1993. Entre 1993 e 1996, verificaram-se 162 dias em que as concentrações de CO ultrapassaram os 10 000 µg/m3.

ver figura
 Fig. 139 - Número de dias com CO acima de 10 000 µg/m3, na A.M.P., entre Janeiro de 1993 e Dezembro de 1996.

 À semelhança do que sucede com o SO2, também no caso do CO, a rede de monitorização da qualidade do ar actual, não nos parece representar, nem a vitalidade, nem a diversidade do metabolismo urbano portuense.

Estão excluidas desta rede, mosaicos urbanos cujo ritmo quotidiano, semanal e intranual, emergiriam, seguramente, nos registos deste poluente. Recorde-se, a título de exemplo, o casco antigo, a área industrial de Aldoar ou a área leste da cidade do Porto, absolutamente excluidas nesta rede de monitorização da qualidade do ar (Fig. 135).

Ausentes desta rede estão também tipologias de rede viária tão diversas, na forma e no uso, como por exemplo: a Avenida dos Aliados, a rua de S. Roque, a Avenida da Boavista ou a rua de Costa Cabral.

A concentração elevada54 de CO, afecta a saúde interferindo com a oxigenação da hemoglobina. As consequências, para o Homem, da sua toxicidade, ao afectar a circulação sanguínea, são incalculáveis. Podem ir desde dores de cabeça, perda de reflexos até à morte. Há ainda, um vasto conjunto de doenças crónicas, do foro respiratório e circulatório, que correm o risco de ser agravadas por ligeiros aumentos de CO no ar ambiente.


54.Consideramos elevada uma concentração superior a 10 000 µg/m3, embora a legislação portuguesa aponte como valor guia uma média diária de 1000µg/m3 (Portaria nº 286/93 , p.1172).  [ continuar ]

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Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Última alteração em: 30-09-2000