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Quando o vento é de S ou de SW é interessante verificar a extensa área de influência da brisa marítima que penetra na cidade até à longitude da Rotunda da Boavista (Fig. 131, 132 e 126). O centro norte e oriental da cidade, estão nestes dias muito mais quentes - 7 a 8ºC - do que o resto da cidade.

Nos dias em que a circulação do ar é de E ou SE (Fig. 115, 116, 121 e 122), perpetua-se como área mais quente da cidade o centro norte mas agora bastante mais prolongado para ocidente. A acção amenizadora dos ventos mais frios e húmidos provenientes do mar fica agora restrita a uma estreita faixa próxima da linha de costa. Em alguns casos (Fig. 115), os comuns passeios à beira-mar com o objectivo de encontrar um ar mais arrefecido do que noutras áreas da cidade, são surpreendentemente frustrados pelas elevadas temperaturas que também aí se fazem sentir.

 A cartografia das anomalias térmicas típicas, obtidas no conjunto dos dias correspondentes aos já cerca de 10 anos medições itinerantes (Fig. 134)40 permitiu-nos, desde logo, vislumbrar alguns dos principais factores explicativos determinantes do comportamento térmico de cada uma das diferentes áreas da cidade do Porto.


40.A figura 133 representa, cartograficamente, uma tipologia-síntese das anomalias térmicas nocturnas encontradas na cidade do Porto relativamente à estação de Porto-Serra do Pilar, durante os 8 anos de trabalho de campo.
O critério que presidiu à sequência apresentada foi o tipo de situação sinóptica presente. A organização das representações cartográficas, segundo este critério, pareceu-nos poder de alguma forma, contribuir para evidenciar, desde logo, algumas das causas que estão na origem dos diversos padrões térmicos urbanos encontrados, como, aliás, adiante se confirmará.
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Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Última alteração em: 30-09-2000
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