A implementação de estratégias de requalificação do ar
atmosférico em espaços urbanizados, nomeadamente na Grã-Bretanha, em Itália, em
França e em Espanha, ancoradas quer na alteração dos combustíveis domésticos (as Smokless
Zones de Manchester), quer na modificação dos hábitos de circulação dentro da
malha urbana (a criação de ruas pedonais, áreas de acesso privilegiado ou exclusivo
para transportes públicos, acesso reservado de veículos privados de acordo com a
informação sobre a qualidade do ar fornecida em tempo útil aos cidadãos e decisores,
etc.), estão já a surtir resultados bastante encorajadores de Limpeza da Atmosfera.
O sucesso destas
estratégias passou pela capacidade de convencimento que os técnicos e os decisores
tiveram para motivar os utilizadores do espaço urbano a efectuar alguns sacrifícios.
A motivação para sacrificar
alguns hábitos/comodidades passa pela correcta avaliação da perceptibilidade
dos cidadãos relativamente ao fenómeno.
E, a percepção dos riscos
relativamente à poluição atmosférica depende, como acontece com as alterações
climáticas, da informação disponível, da capacidade de imaginar o cenário e,
especialmente, do tipo de recordações que deixam na memória.
É, portanto, fundamental que seja
clara a relação causa-efeito, clara e eficaz a informação disponibilizada e totalmente
compreensível o desenrolar dos processos envolvidos.
Uma das mais eficazes e motivadoras
relações de causalidade que emergiram, com o aparecimento relativamente recente dos
primeiros resultados, foi a comprovação da importante contribuição que a degradação
da qualidade do ar tem no agravamento de algumas patologias do foro respiratório e
alergológico (Fig. 142 e 143).
Síntese