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A implementação de estratégias de requalificação do ar atmosférico em espaços urbanizados, nomeadamente na Grã-Bretanha, em Itália, em França e em Espanha, ancoradas quer na alteração dos combustíveis domésticos (as Smokless Zones de Manchester), quer na modificação dos hábitos de circulação dentro da malha urbana (a criação de ruas pedonais, áreas de acesso privilegiado ou exclusivo para transportes públicos, acesso reservado de veículos privados de acordo com a informação sobre a qualidade do ar fornecida em tempo útil aos cidadãos e decisores, etc.), estão já a surtir resultados bastante encorajadores de Limpeza da Atmosfera.

O sucesso destas estratégias passou pela capacidade de convencimento que os técnicos e os decisores tiveram para motivar os utilizadores do espaço urbano a efectuar alguns sacrifícios.

A motivação para sacrificar alguns hábitos/comodidades passa pela correcta avaliação da perceptibilidade dos cidadãos relativamente ao fenómeno.

E, a percepção dos riscos relativamente à poluição atmosférica depende, como acontece com as alterações climáticas, da informação disponível, da capacidade de imaginar o cenário e, especialmente, do tipo de recordações que deixam na memória.

É, portanto, fundamental que seja clara a relação causa-efeito, clara e eficaz a informação disponibilizada e totalmente compreensível o desenrolar dos processos envolvidos.

Uma das mais eficazes e motivadoras relações de causalidade que emergiram, com o aparecimento relativamente recente dos primeiros resultados, foi a comprovação da importante contribuição que a degradação da qualidade do ar tem no agravamento de algumas patologias do foro respiratório e alergológico (Fig. 142 e 143).

  

Síntese

- no caso da A.M.P., existem já alguns resultados preliminares (Monteiro, A., 1997) que, embora não tenham sido, ainda, carreados nem para o planeamento nem para a decisão política, sugerem a coincidência de um maior número de crianças com agravamento de crises asmáticas, na urgência do Hospital de S. João, Porto (Fig. 134, 142 e 143), entre Outubro e Abril, em dias com:

i) concentração elevada de alguns poluentes atmosféricos;
ii) ausência de precipitação nos cinco dias anteriores;
iii) temperatura média e pressão atmosférica mais elevadas do que a média do mês em que ocorreram e circulação predominante do ar de E, ENE, ESE e S.


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Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Última alteração em: 30-09-2000
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