Aula 5: Variações do nível do mar

Os temas anteriores visaram demonstrar a dinâmica marinha, como um dos elementos da interface Litosfera-Hidrosfera-Atmosfera, bem como as relações que ela estabelece com os outros membros desta trilogia (exemplo: as ondas e as correntes e a sua relação com os fenómenos atmosféricos, os tsunami e a sua relação com a litosfera).

O estudo rápido da hidrosfera não ficaria completo sem uma focalização nas variações do nível do mar. Com efeito, o nível do mar é um conceito da maior importância para a evolução geomorfológica dos continentes. Além disso, o nível do mar juntamente com os processos de erosão e/ou fornecimento de sedimentos ao litoral controlam a evolução dos litorais, nomeadamente a situação de avanço ou de recuo da linha de costa (fig. 59).

Nível do mar como um conceito relativo

O conceito de nível do mar é (quase) sempre um conceito relativo. A figura 60 representa, no sector da esquerda, os diferentes processos que contribuem para as variações eustáticas, globais, do nível do mar. Do lado direito apresentam-se os processos que jogam do lado dos continentes e que interferem com as variações eustáticas.

As variações eustáticas têm um carácter global, enquanto que os movimentos que se verificam no continente são claramente localizados no espaço.

Do que fica dito, deduz-se facilmente que a variação do nível do mar é a resultante das tendências eustáticas e das tendências que se verificam do lado do continente. Significa isso que as variações eustáticas podem ser ampliadas ou reduzidas, na sua amplitude, pelos movimentos do continente.

Até há pouco tempo medíamos o nível do mar relativamente a um ponto que supúnhamos fixo. O problema é que a pretensa estabilidade dos continentes está cada vez mais posta em causa.

Só a partir do momento em que se conseguiu fazer observações a partir do espaço, via satélite (fig. 61) foi possível identificar as deformações na superfície do geóide (fig.62).

O geóide pode ser definido como a superfície equipotencial que seria assumida pela superfície do mar na ausência de marés, variações de densidade da água, correntes e efeitos atmosféricos. Sabe-se hoje que existe um afastamento do geóide relativamente à superfície ideal do elipsóide que pode atingir cerca de 100m para cima ou para baixo, acabando por conduzir à existência de deformações na superfície do geóide de cerca de 180m (fig. 62)! De facto, as subidas e descidas da superfície do geóide dependem de fenómenos de convecção verificados ao nível do manto terrestre (Encyclopaedia Universalis, 1998, p. 263). Este facto é um obstáculo de peso à construção de curvas da variação absoluta do nível do mar, válidas para toda a Terra. Com efeito, embora o eustatismo geoidal possa ser um fenómeno relativamente lento, os seus efeitos, acabam por poder ser relevantes em prazos relativamente longos, por exemplo à escala dos 2,5 milhões de anos admitidos como duração do Quaternário… (J. Riser, 1999).

A variação do nível do mar ao longo do Fanerozóico e as lições a extrair dessa variação

Dada a complexidade do tema, em que jogam elementos cuja escala crono-espacial é muito variável, parece-nos que um enquadramento cronológico, será útil e permitirá aos estudantes estruturarem devidamente a sua compreensão do mesmo.

A emergência da teoria da tectónica de placas permitiu re-elaborar a hipótese do tectono-eustatismo. Com efeito, os continentes passam por fases alternadas de agregação e de rifting (exemplo: formação da Pangea no final do Paleozóico e sua fragmentação no início do Mesozóico).

A agregação de continentes diminui, naturalmente, a área de plataforma continental envolvente e acaba por aumentar, deste modo, por aumento da profundidade média, a capacidade das bacias oceânicas. Daqui decorre uma descida do nível do mar.

Pelo contrário, a existência de processos de rifting com intumescência térmica e elevação dos fundos oceânicos na área das dorsais acaba por produzir uma diminuição da capacidade das bacias oceânicas e transgressões generalizadas (A. Hallam, 1992). Trata-se de processos muito lentos. A taxa de variação do nível do mar por causas tectono-eustáticas anda à volta de 1cm por cada 1000 anos. As variações eustáticas devidas a estes fenómenos podem atingir valores entre 100 e 300m.

As variações glácio-eustáticas são muito mais rápidas (da ordem de 1cm por ano) e atingem valores da mesma ordem de grandeza.

A fusão total dos glaciares da Antárctida e Gronelândia provocaria uma subida do nível do mar da ordem dos 65-80m (A. Hallam, 1992). Juntando a esses valores os 120-140 m de variação do nível do mar deste o máximo do Würm até à actualidade (J. M. A. Dias et. al., 1997), obtém-se um valor entre 185 e 220m. Porém, não são os glaciares de montanha que podem provocar grandes variações eustáticas, mas as grandes acumulações de gelo do tipo inlandsis. Esses inlandsis demoram muito tempo a formar-se, o que faz com que apenas durante períodos limitados do Fanerozóico essa causalidade possa ser invocada (fig. 63).

Nesta figura verificamos que existem processos de acumulação de gelo no interior dos continentes, conduzindo à existência de níveis eustáticos baixos (assinalados com I, na figura), nos seguintes períodos:

  1. Final do Precâmbrico;
  2. Transição do Ordovícico para o Silúrico;
  3. Carbónico e Pérmico;
  4. Quaternário.

Durante o resto do tempo um estado em que o efeito de estufa predominaria (assinalado com G na figura), os níveis do mar seriam geralmente altos.

Para chegar à curva geral da variação eustática durante o Fanerozóico (fig. 64), é preciso contar com os efeitos, já referidos, do tectono-eustatismo. É possível, nomeadamente, ligar a fase de descida eustática do final do Paleozóico-início do Mesozóico com a construção da Pangea.

A contínua subida do nível do mar durante o Mesozóico poderá ser explicada, pelo contrário, pela abertura e expansão dos oceanos que teve lugar durante o Mesozóico.

As colisões continentais da tectónica alpina poderão explicar a tendência geral para a descida do nível do mar que se verifica durante o Cenozóico.

Como é evidente, até pela análise das 2 curvas constantes da figura 64, existem ainda muitas dúvidas a este respeito, mas há, apesar de tudo, uma certa concordância de conjunto. Também nos parece útil salientar que se trata de fenómenos muito complexos dos quais escolhemos as causalidades mais óbvias para ilustrar a interferência entre diferentes tipos de fenómenos, a uma escala temporal da ordem das centenas de milhões de anos. Esta abordagem permite, ainda, recordar elementos aprendidos durante disciplinas anteriores (Geografia Física de Portugal), estruturando-os numa visão mais vasta e abrangente e facilitando a respectiva assimilação.

Variações do nível do mar durante o final do Cenozóico: a influência do diastrofismo

Durante o Neogénico verificou-se uma tendência geral para um progressivo arrefecimento (fig. 65). Essa tendência acentua-se durante o Quaternário, com fortes variações climáticas (glaciações e períodos interglaciares, fig. 66) que se traduzem em importantes variações do nível do mar[1].

Devido à retenção de gelo no interior dos continentes, durante a última glaciação, o nível do mar terá descido entre 120-140 m relativamente ao nível actual, o que se traduziu numa modificação importante da linha de costa, sobretudo em locais onde a plataforma litoral é extensa e com pouco declive na parte próxima dos continentes (mar do Norte, fig. 67) e num recuo da linha de costa de 30-40km ao largo do Porto (J. M. A. Dias, 1997, fig. 68).

A fig. 69 representa uma proposta sobre a variação do nível do mar a partir de 20.000 BP. Um dos aspectos mais interessantes diz respeito à inversão da tendência para uma subida rápida do nível do mar que se verifica de 11.000 a 10.000 BP: durante esse período, que corresponde a uma importante fase de arrefecimento (Dryas recente) verifica-se uma descida do nível do mar que atinge perto de 20m. A subida é retomada por volta de 10.000 BP e prolonga-se até cerca de 5.000BP, quando o mar atinge, aproximadamente, o nível actual.

A transgressão flandriana tem uma importância muito grande na configuração actual dos nossos litorais. Devido a esta transgressão, quase todos os litorais do globo correspondem a costas de submersão. Exceptuam-se aquelas que foram directamente submetidas às glaciações e que, sujeitas à sobrecarga dos grandes inlandsis sofreram um processo de afundamento durante a glaciação (glacio-isostasia), do qual ainda estão a recuperar actualmente. A recuperação isostática permite-lhes subir na crusta a uma velocidade que pode atingir 1m por século em certos locais da Escandinávia.

A situação das áreas envolventes dos inlandsis corresponde a uma situação oposta: aquando da glaciação, o afundamento da crusta sob o peso dos inlandis vai deslocar material infracrustal que se desloca para a periferia dos inlandsis onde vai ascender provocando, nessas áreas, a existência de um rebordo soerguido (forebulge, fig. 70).

A recuperação isostática das áreas anteriormente glaciadas vai fazer-se à custa da migração desse material infracrustal. Por isso, na área do forebulge vai haver uma tendência à subsidência que vai acentuar a submersão provocada pela subida eustática. Essa tendência é responsável por uma parte da subida relativa do nível do mar que se verifica nas áreas em questão (fig. 71), o que poderá exagerar os dados relativos à variação do nível do mar acrescentando aos valores puramente eustáticos, uma componente de subsidência (Pirazzoli, citado por R. Paskoff 2001, p. 25).

A uma escala maior, à volta da ilhas Britânicas, as taxas de variação relativa do nível do mar, (fig. 72) mostram mudanças importantes entre locais bastante próximos, o que significa que existem, decerto, circunstâncias locais (possivelmente sediadas no continente) que interferem com a variação puramente eustática.

A representação (fig. 73) das tendências da variação do nível do mar nas estações maregráficas da Península Ibérica incluídas na base de dados do PSMSL (Permanent Service for Mean Sea Level) , ilustra:

  1. Uma grande variação no comprimento das séries (os quadradinhos cor de rosa mostram o número de anos que foram considerados para definir essa tendência). É evidente que os dados só podem ser comparados, em rigor, se disserem respeito exactamente ao mesmo período. Infelizmente, não é esse o caso.
  2. Uma grande variabilidade de tendências, que se acentua na fachada norte (proximidade dos Pirinéus e dos Cantábricos) e na fachada SE (proximidade da Cordilheira Bética). A coincidência entre as maiores irregularidades e a situação junto de faixas tectonicamente activas não deixa lugar para grandes dúvidas: as principais diferenças na variação do nível do mar ficam a dever-se aos diferentes comportamentos tectónicos dos sectores em causa.

Um fenómeno que ainda não foi referido é a hidro-isostasia. Para o ilustrar podemos recorrer à fig. 74. Nesta figura verificamos que existe uma tendência para um fenómeno de subsidência que afecta sobretudo as áreas submersas e que vai diminuindo à medida que nos aproximamos do continente. O traçado das curvas e o seu paralelismo relativamente ao litoral sugere que se trata de um fenómeno relacionado com o aumento da coluna de água que exerce pressão sobre os fundos oceânicos que se verificou devido à transgressão flandriana. Esse aumento de pressão contribuiu para um afundamento das ditas bacias, levando a uma deslocação de matéria infracrustal para a área situada sob os continentes, que sofrem, assim, uma subida relativa (R. Paskoff, 2001, p. 15).

A tendência para a erosão dos continentes e para a sedimentação nos fundos oceânicos tem consequências análogas: um afundamento das bacias oceânicas e um levantamento nos continentes (isostasia devida à erosão, fig. 60).

As áreas claramente subsidentes a nível do globo, onde a subida do nível do mar ultrapassa os 2mm/ano correspondem a sectores tectonicamente deprimidos (fig. 75) que muitas vezes “atraem” cursos de água importantes que aí desaguam, construindo deltas. Ora, a acumulação de sedimentos que ocorre nestas áreas produz fenómenos de subsidência por isostasia que tendem a perpetuar a acumulação deltaica, que pode, assim, atingir vários milhares de metros. Porém, se por qualquer motivo a sedimentação deixar de compensar a subsidência (o que pode acontecer devido à construção de barragens, por exemplo), a subida do nível do mar pode provocar invasões marinha importantes. É o caso, por exemplo do delta do Nilo depois da construção da barragem de Assuão (R. Paskoff, 2001).

A fig. 76 representa as curvas da variação relativa do nível do mar em diversas estações maregráficas. Com excepção de Estocolmo, onde joga o processo de recuperação isostática acima referido, todas as outras apresentam em maior ou menor grau, uma tendência para a subida.

Esse fenómeno também é visível no mapa da Figura 77. Trata-se de um mapa obtido por altimetria espacial (fig. 61) e pretende mostrar a taxa de variação do nível do mar em mm/ano. Uma vez que a maior parte das áreas estão representadas a cores quentes, isso significa que há um predomínio de sectores onde se verifica uma subida do nível do mar. Como explicar essa subida do nível do mar, que é independente das movimentações do continente de que falámos atrás?

A influência das variações climáticas: a pequena idade do gelo e o aquecimento que se lhe seguiu

Com vimos, um período de arrefecimento (exemplo: Dryas recente) pode traduzir-se em variações importantes do nível do mar. Porém, mesmo variações climáticas muito mais atenuadas têm reflexos nas curvas eustáticas (fig. 78). Esta figura representa a variação eustática de 1700 a 1970.

O período anterior a 1825 corresponde à pequena idade do gelo que terá produzido uma certa descida do nível do mar.

O período posterior a 1825 apresenta uma subida do nível do mar de cerca de 12 cm em cerca de 150 anos.

A variação eustática representada na figura acontece essencialmente por duas ordens de razões:

  1. Um aquecimento global do clima traduz-se quase sempre numa diminuição da quantidade de água retida nos continentes sob a forma de gelo, fazendo aumentar a quantidade existente nos oceanos.
  2. Além disso, um aquecimento produzirá uma expansão da água dos oceanos por puro efeito térmico (termo-eustatismo, cf. fig. 60). Segundo R. Paskoff (2001) a expansão térmica da água do mar será responsável de 0,3 a 0,7mm de subida do nível eustático.

O quadro da figura 79 representa, na coluna B, as tendências de variação do nível relativo do mar a partir do registo de marégrafos com séries de mais de 70 anos. A esses valores devemos acrescentar o valor da subsidência ligada à isostasia pós-glaciar, para obter os valores da subida eustática. Fazendo um agrupamento das estações próximas (por exemplo, Lagos e Cascais), a média dá valores da ordem de 1,92mm/ano.

Esta subida, só por si, embora possa produzir um recuo na linha de costa em média 100 vezes superior, portanto da ordem de 19cm /ano (R. Paskoff, 1984), não é o fenómeno mais importante para a erosão costeira, pensando-se que a variação do nível do mar contribuiu apenas com 10% para a produção desse recuo (J.M. A. Dias et al. 1997).

Porém, quando a esta subida se associa uma subsidência do continente (deltas, periferia das áreas glaciadas e sectores onde a exploração de lençóis freáticos ou de petróleo provoca um abatimento dos terrenos) podem desencadear-se invasões marinhas importantes.

A recente subida do nível do mar e as projecções para o futuro

Nos últimos tempos tem-se instalado, primeiro na comunidade científica e depois na opinião pública, um certo alarmismo relativamente às previsões de subida do nível do mar. Esse alarmismo foi despoletado, a nosso ver, pelas previsões contidas no relatório do IPCC (Intergovernmental Panel for Climate Change) de 1991 (fig. 80).

O relatório de 2001 (fig. 81), embora acabe por ter uma configuração semelhante, apresenta uma maior complexidade, o que demonstra que muitas mais variáveis foram tomadas em linha de conta. Verifica-se que as estimativas médias, onde se encontram a maior parte dos cenários traçados apresentam uma proposta de subida do nível do mar, no ano de 2100 relativamente ao ano 2000, de cerca de 35cm. Ora, esse valor é idêntico à estimativa mais baixa apresentada 10 anos antes. É no mesmo sentido que vão as afirmações do “Summary for police makers” (http://www.ipcc.ch/pub/spm22-01.pdf):

“Furthermore, it is very likely that the 20th century warming has contributed significantly to the observed sea level rise, through thermal expansion of sea water and widespread loss of land ice. Within present uncertainties, observations and models are both consistent with a lack of significant acceleration of sea level rise during the 20th century”.

É no mesmo sentido que vão as previsões da maior parte dos especialistas. Com efeito, na figura 82 verifica-se que as primeiras projecções sobre a variação do nível do mar, em 1983, admitiam valores máximos de 3,5m de subida no final do século XXI. Em 2001, a previsão máxima do IPCC é de cerca de 75 cm (fig. 81). E quanto à previsão mínima admite-se que ela possa ser de apenas 10cm (o que, curiosamente, se assemelha à variação da curva de Mörner de 1973 – fig. 75).

Prática

Variações do nível do mar segundo o PSMSL – obtenção e manuseamento das bases de dados e sua transformação em folhas de cálculo (Excel). Construção de curvas da variação do nível do mar para diversos locais do mundo em diferentes contextos tectónicos (fig. 83). Definição das respectivas tendências e comparação das diferentes curvas.

Bibliografia

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DIAS, J. M. A. et. al. (1997) - Evolução da linha de costa , em Portugal, desde o último máximo glaciário até à actualidade: síntese dos conhecimentos, Estudos do Quaternário, APEQ, Lisboa, p. 53-66.

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LOMBORG, B., (2002) – The skeptical environmentalist. Measuring the real state of the World, Cambridge Univ. Press, 515 p.

NACIONAL RESEARCH COUNCIL, (1990) - Sea-Level Changes, Studies In Geophisics, Nacional Academy Press, Washington D. C., 234 p.

PASKOFF, R., (2001) - L’élevation du Niveau de la Mer et les Espaces Côtiers, Institut Océanographique, Col. Propos, 190 p.

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WARRICK, R. A., BARROW, E. M. & WIGLEY, T. M. L., (l993) - Climate and sea level change: observations projections and implications, Press Syndicate of the University of Cambridge, Cambridge University Press, 424 p.

RISER, JEAN, (1999) - Le Quaternaire; Géologie et Milieux Naturels, Dunod, Paris, 320 p.

SCOTT, D. B., PIRAZZOLI, P.A., HONIG, C. A., (1989) - Late Quaternary Sea-Level Correlation and Applications (Walter S. Newman Memorial Volume), Series C: Mathematical and Physical Sciences, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, Boston and London, 229 p.

Websites

Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC)

http://www.ipcc.ch/

http://www.ipcc.ch/pub/spm22-01.pdf

Coastal Geology group da Universidade do Hawai

http://www.soest.hawaii.edu/coasts/csrg1.html

Figura 59: O papel das variações relativas do nível do mar no avanço ou recuo da linha de costa

Figura 60: Os factores em jogo nas variações relativas do nível do mar

Figura 61: Processo de determinação do nível do mar a partir da altimetria espacial

Figura 62: Deformações da superfície do geóide

Figura 63: As grandes fases na evolução do nível do mar durante o Fanerozóico e a sua relação com o efeito de estufa (G. de Greenhouse) e com as fases de glaciação (I de Ice)

Figura 64: Duas curvas eustáticas para o Fanerozóico

Figura 65: Variação climática no final do Cenozóico (extraído de Andersen e Borns, 1994)

Figura 66: Variação climática e do nível do mar durante o Quaternário (fig. extraída do site http://www.soest.hawaii.edu/coasts/csrg1.html)

Figura 67: Configuração da linha de costa e rede de drenagem na área das Ilhas Britânicas e do mar do Norte

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Figura 68: Variações da linha de costa de Portugal a partir de 18.000BP

Figura 69: Proposta de variação do nível médio do mar na margem continental portuguesa desde o último máximo glaciário

Figura 70: O rebordo do inlandsis e o seu colapso no período pós-glaciar

Figura 71: Taxa das variações relativas do nível do mar nas áreas glaciadas e na sua periferia

Figura 72: Recentes variações do nível do mar à volta da ilhas Britânicas. É de notar a existência de variações importantes na taxa de variação mesmo em locais bastante próximos.

Figura 73: Tendências da variação relativa do nível do mar verificadas nas estações maregráficas da Península Ibérica

Figura 74: Subsidência versus levantamento devidos a fenómenos de hidro-isostasia

Figura 75: Localização dos litorais subsidentes a nível do Globo

Figura 76: Variações recentes do nível médio relativo do mar em 6 estações

maregráficas

Figura 77: Taxa de variação do nível do mar no período de Janeiro de 1993 a Dezembro de 2000

 

Figura 78: Variação do nível do mar de 1700 até 1970

Figura 79: Tendências no comportamento do nível relativo do mar em diferentes locais do mundo, com base em séries maregráficas com mais de 70 anos.

Figura 80: As projecções do IPCC: relatório de 1991 (extraído de E. Bird, 1993)

Figura 81: As projecções do IPCC (relatório de 2001:

Extraído de: http://www.ipcc.ch/pub/spm22-01.pdf

Fig. 82: As taxas de variação do nível do mar, respectivos intervalos e sua variação no tempo

Figura 83: A curva do marégrafo de Cascais

 



[1] Os terraços resultantes dessas variações do nível do mar e da sua interferência com fenómenos diastróficos serão objecto de um maior desenvolvimento quando nos referirmos à evolução da plataforma litoral da região do Porto durante o final do Cenozóico.