"Normalmente", as maiores velocidades correspondem a ventos de S, em Janeiro e Fevereiro, e a ventos de NW, no resto do ano. Porém, nestes dias, as maiores velocidades corresponderam a ventos:
- de NNE, em Fevereiro de 1993 e, em Janeiro e Outubro de 1994
- de NE, em Março de 1994
- de ENE, em Dezembro de 1993
Todavia, o rumo predominante dos ventos registado para os períodos em que ocorreram estes "dias críticos" diferenciam-se ligeiramente do "normal".
Na Área Metropolitana do Porto, costumam predominar os ventos de NW e W no Verão e, os ventos de E e SE no Inverno (Capítulo E2.3.1.4). Uma vez que a maior parte dos "dias críticos" ocorreu em meses de Inverno e que o rumo predominante dos ventos que sopraram nestes dias foi de NE (Anexo XXI), parece haver uma pequena diferença relativamente ao "normal".
Portanto, no que respeita quer à velocidade, quer ao quadrante do vento, os "dias críticos" identificados para o total de crises asmáticas em crianças dos 0 aos 13 anos provenientes das quatro freguesias mais próximas do HSJ, apresentam, à semelhança dos casos anteriormente analisados, algumas diferenças relativamente ao que é considerado "normal" para a Área Metropolitana do Porto.
Precipitação
Nesta série de "dias críticos" identificados para os casos de crises asmáticas em crianças dos 0 aos 13 anos provenientes de Campanhã, Paranhos, Ermesinde e Rio Tinto (Anexo XXI), os valores de pluviosidade são menores do que o "normal".
O valor mais elevado foi de 40,5mm, registado no dia 5 de Outubro de 1994 (Anexo XXI). Uma vez que entre 1900 e 1989, o valor mínimo registado para os meses de Outubro foi de 8mm e o máximo foi de 420mm (Anexo X), parece que impossível tecer qualquer comentário relativamente aos valores de pluviosidade nos dias críticos. Recorde-se todavia, que na maior parte dos "dias críticos" não ocorreu precipitação (Anexo XXI), ou foi muito abaixo dos valores registados nos mesmos meses entre 1900 e 1989 (Anexo X).
Nebulosidade e Pressão Atmosférica
Para este período (1992/97), não temos dados relativos à nebulosidade e à pressão atmosférica, pelo que esta análise não pode ficar completa do ponto de vista climatológico.
Situações Sinópticas
No que respeita às situações sinópticas, temos uma predominância85, de situações de superfície do tipo Pântano e de situações em altitude de Vale Depressionário (Anexo XXI).
Sabendo-se que, no período 1987-91, as situações sinópticas de superfície predominantes foram os centros depressionários estacionários e os anticiclones atlânticos subtropicais e que as situações sinópticas em altitude predominantes foram os ramos do fluxo zonal (Capítulo E2.3.2), parece óbvio que as situações sinópticas vividas nos dias com maior número de crises asmáticas não coincidem com as situações predominantes no período 1987-91.
85.Nos dados relativos às situações sinópticas, quer à superfície quer em altitude, também existem muitas lacunas.[ continuar ]