Como
principais conclusões relativamente ao perfil climatológico
nos períodos em que ocorreram as "sequências críticas"
identificadas para o total de crises asmáticas em crianças
dos 0 aos 13 anos provenientes da AMP destacamos:
- em termos de Temperaturas
Médias Máximas e Mínimas, os "dias críticos"
definidos para os casos de crises asmáticas em crianças
dos 0 aos 13 anos provenientes AMP também se diferenciam, na
generalidade, do que é considerado "normal";
- a maioria dos
"dias críticos" em análise foi mais fria que
o "normal";
- em relação
quer à velocidade quer ao quadrante do vento, os "dias críticos"
identificados para o total de crises asmáticas em crianças
dos 0 aos 13 anos provenientes da Área Metropolitana do Porto,
apresentam algumas diferenças relativamente ao que é considerado
"normal" para a Área Metropolitana do Porto;
- o período
em questão foi mais seco do que o "normal";
- no que respeita
às situações sinópticas, temos uma predominância,
nos dias para os quais temos dados relativos a estas variáveis,
de situações de superfície de Anticiclone Atlântico
Subtropical e de situações em altitude de ramo do Fluxo
Zonal, o que corresponde ao "normal".
Quanto
à qualidade do ar, mais uma vez a análise é dificultada
pelo grande número de lacunas presentes nos registos e pela inexistência
de dados relativos a alguns poluentes.
A
partir de 1992, a rede de monitorização da qualidade do
ar deixou de ser da responsabilidade da Direcção Geral da
Qualidade do Ar e passou a depender da Direcção Regional
do Ambiente do Norte. A partir desta altura, os poluentes atmosféricos
monitorizados passaram a ser o SO2, o CO, o No, o NO2,,
o O3 e o Pb, e o seu registo passou a ser efectuado nas estações
automáticas sediadas na Faculdade de Engenharia, na Rua do Campo
Alegre e na Rua Formosa, pelo que a comparação entre o período
1989/91 e 1992797 não nos é possível, a não
ser entre os valores de SO2.
Além
disso, ao fazermos a leitura absoluta dos dados, convém recordar
que a rede de monitorização actual não nos parece
representar fidedignamente a diversidade do metabolismo urbano portuense.
Em
todo o caso, a análise dos registos existentes revelam o seguinte:
- o valor de SO2
mais elevado que se registou nos dias em questão (47,8 m
g/m3), foi inferior ao valor-guia estabelecido pela O.M.S
(125 m g/m3), o que nos parece algo estranho, atendendo
às concentrações ocorridas entre 1989 e 1992 (mesmo
tendo em conta que as medições se efectuaram em diferentes
locais);
- sabendo que o
valor-guia para a média de 8h de concentração de
CO (10.000 m g/m3), percebemos que a média diária
de 22720 m g/m3, registada no dia 21 de Setembro de
1993, na Faculdade de Engenharia, representa uma concentração
muito mais elevada do que é aceitável; além disso,
os valores da média diária mais frequentes (9066 m
g/m3, na Faculdade de Engenharia, 1489 m g/m3,
na Rua Formosa e 1903 m g/m3, na Rua do Campo Alegre),
são também muito elevados;
- os valores de
concentração de NO2, são quase sempre
inferiores ao valor-guia estabelecido pela O.M.S. (150 m g/m3);
- a concentração
de NO chegou a ser de 683 m g/m3, no dia 27 de Dezembro
de 1993;
- os dados registados
de Pb são em número tão reduzido que não
sabemos até que ponto o facto de serem sempre valores reduzidos
é representativo da realidade (nos dias analisados não
houve registo da concentração de chumbo).
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